sábado, 14 de maio de 2011

A Arte de Deixar Ir



Nos afeiçoamos as coisas e as pessoas sem nos darmos conta que tanto os seres vivos como também os objetos tem alma ou forma metafísica. Às vezes estas coisas ou pessoas as quais nos afeiçoamos assumem a forma de areia que escorrem pelos nossos dedos quando tentamos nos agarrar a elas. Outra hora elas são pequenos blocos de gelo, que não suportam nossa energia. Aquecem com o calor de nossa vontade, derretem e evaporam diante de nossos olhos. Ai, decepcionar-se e magoar-se serão constantes em nossa trajetória nesta imensa bola azul. O ideal é que não criemos expectativas, tudo na vida tem caráter essencialmente transitório, a única regra é a mudança, enfim apegar-se demais é sofrer... É aceitar e deixar ir em nosso interior...Como Diógenes e Chaves, para viver basta apenas um barril.

Às vezes as coisas/pessoas assumem a forma boomerang e retornam para diante de nossos olhos.. Às vezes caem surpreendentemente sobre nós como boas bênçãos, feito chuva após longa e insólita estiagem. Mas tudo isso só porque querem, não por nossa vontade. Podem ser pedras também, que atiramos e não retornam, mas nos trazem consequências boas ou ruins.

Agnaldo Garcia

Nenhum comentário:

Postar um comentário